Bleach é um dos animes mais ricos em personagens que o mundo otaku já conheceu. Criado por Tite Kubo, o universo de Bleach mistura espadas, mundos paralelos, exorcismo e batalhas espirituais com um toque de estilo e música urbana que o tornaram um verdadeiro ícone. No entanto, mesmo com tantos nomes marcantes como Ichigo Kurosaki, Rukia e Aizen, muitos personagens acabaram ficando à sombra dos protagonistas, mesmo possuindo histórias profundas e habilidades impressionantes. Neste artigo especial para o Dialeto Geek, vou te mostrar os personagens mais subestimados de Bleach — aqueles que nós, fãs, não esquecemos, mas que mereciam muito mais destaque tanto no anime quanto no mangá.
Uryu Ishida
Uryu é o Quincy mais importante da obra e parte do grupo central desde o início. Ainda assim, seu papel foi frequentemente subestimado, principalmente durante os arcos intermediários. Enquanto Ichigo se tornava cada vez mais poderoso, Uryu era relegado a cenas secundárias. Mas a verdade é que sua inteligência tática, precisão com arco espiritual e sua complexa história familiar são fascinantes. Seu confronto interno entre a lealdade aos amigos e sua linhagem Quincy é um dos pontos altos do arco da Guerra Sangrenta dos Mil Anos. Em minha opinião, ele merecia pelo menos um arco solo ou uma luta épica em destaque.
Sajin Komamura
Capitão da 7ª Divisão, Komamura tem um dos passados mais comoventes de toda a Soul Society. Rejeitado por sua raça devido à sua aparência canina, ele encontrou propósito entre os Shinigamis. Seu senso de honra, lealdade e busca por justiça se refletem fortemente em suas atitudes. O momento em que ele sacrifica sua forma imortal para obter poder suficiente para proteger seus ideais é simplesmente um dos mais subestimados de toda a série. E, convenhamos, sua Bankai gigante merecia muito mais respeito.
Coyote Starrk
Você lembra dele como o Espada nº 1? Pois é. Apesar de estar no topo da hierarquia de Aizen, Starrk foi mal aproveitado no anime. Com um poder absurdamente alto e uma história de solidão que parte o coração, ele é o tipo de vilão que não queria guerrear, apenas buscava conexão. Sua relação com Lilynette é um dos detalhes mais simbólicos do Hueco Mundo. A batalha contra Shunsui Kyoraku é esteticamente linda, mas sua resolução foi muito rápida. Ele merecia mais tempo de tela e mais empatia dos roteiristas.
Yoruichi Shihouin
Não se engane: apesar de amada pelos fãs, Yoruichi é subestimada narrativamente. A ex-capitã e especialista em velocidade tem um arsenal de técnicas incríveis, mas raramente foi mostrada em lutas longas ou decisivas. Seu conhecimento da Soul Society, sua história com Urahara e seu passado nobre poderiam ter rendido muito mais. Além disso, seu modo “gatuno” é carismático, mas muitas vezes usado como alívio cômico em vez de aprofundar sua psicologia.
Rukia Kuchiki
Rukia é o ponto de partida da série. Foi ela quem passou os poderes para Ichigo, e mesmo assim ela passou boa parte da obra sendo ignorada. Seu arco de desenvolvimento é sutil, mas muito bem construído. Seu relacionamento com Renji, sua irmandade com Byakuya e sua luta interna por ser digna do nome Kuchiki são elementos que mereciam mais espaço. E quando finalmente revela sua Bankai, é uma das mais belas visualmente falando. Ainda assim, ficou restrita a poucos episódios.
Shinji Hirako
Se existe um personagem com potencial desperdiçado, esse é Shinji. Ex-capitão e líder dos Vizards, Shinji tem estilo, poder e uma personalidade carismática. Sua habilidade de inverter os sentidos é algo extremamente poderoso, mas raramente foi usada de forma estratégica nas batalhas. Sua história de traição por parte de Aizen poderia ter sido explorada com mais emoção. Em várias cenas, parecia que ele ia brilhar, mas logo era ofuscado.
Chad (Yasutora Sado)
Esse é um caso clássico de personagem abandonado. Chad começa como um dos quatro pilares do grupo inicial, mas com o tempo, praticamente desaparece das lutas principais. Seu poder de Fullbring, sua história com o avô e seu código de honra mereciam mais. Ele poderia ter sido uma ponte entre o mundo humano e o espiritual, mas virou figurante de luxo. Uma pena, porque ele sempre foi corajoso e leal.
Lisa Yadomaru
Capitã da 8ª Divisão e membro dos Vizards, Lisa é inteligente, disciplinada e poderosa. Ainda assim, sua presença em tela é discreta. Sua relação com a literatura, sua transição de Vizard para Shinigami de elite e sua participação nos confrontos da Guerra dos Mil Anos têm potencial para render muito mais. Em minha opinião, Lisa poderia ser protagonista de um spin-off tranquilamente.
Rangiku Matsumoto
Rangiku muitas vezes é vista apenas pelo fanservice, mas existe muito mais ali. Sua conexão com Gin Ichimaru é um dos arcos emocionais mais ignorados da obra. A dor de ter sido abandonada por ele e ainda assim sentir empatia em sua morte mostra profundidade psicológica. Além disso, como vice-capitã, ela demonstra liderança e lealdade. Pena que raramente foi colocada em cenas de combate que demonstrassem sua real força.
Urahara Kisuke
Sim, ele é popular, mas mesmo assim subestimado. Urahara está presente nos bastidores de quase todos os grandes eventos de Bleach. Ele é gênio, estrategista, inventor e mestre. Criou itens como o Hōgyoku e treinou o próprio Ichigo. Sua luta contra Askin Nakk Le Vaar mostra do que ele é capaz, mas ainda assim muitos o tratam apenas como o “tio excêntrico da loja”. Urahara merecia mais protagonismo, não apenas papel de suporte.
Considerações finais
O universo de Bleach é tão vasto e cheio de personagens carismáticos que é natural que alguns acabem sendo deixados de lado. Mas quando olhamos com carinho, percebemos que há muita história e potencial em figuras que passaram despercebidas. Eu, como fã de longa data, sempre torci para que esses personagens tivessem mais espaço e fossem valorizados como merecem. Fica aqui minha homenagem a todos eles.
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